Vilmar Berna é jornalista ambiental e mora em Niterói. Reconhecido e respeitado pelos colegas, recebeu anos atrás um prêmio internacional da ONU por sua contribuição ao meio ambiente no Brasil.
Recentemente o Vilmar decidiu contar sua biografia num blog. Só então os colegas ficaram sabendo que ele tinha tudo para não ter dado certo na vida. Podia ter virado bandido, talvez até morrido jovem, como tantos com história parecida.
O que o salvou foram os livros.
Vilmar nasceu numa família muito pobre e desestruturada. Aos 5 anos, vivia com o pai e os dois irmãos menores num barraco, de onde fugia pela janela para pedir comida na vizinhança. Depois passou por muitas casas e abrigos para crianças desamparadas. De vez em quando, o pai o pegava de volta. Punha-o para trabalhar vendendo coisas nas ruas. Quando perdia a mercadoria, tomava uma surra de cinto.
Pensava que a mãe tinha morrido num incêndio. Aos 13 anos ele a conheceu. Foi a única vez que a viu, pois logo ela sumiu de novo. Aos 14, foi internado na Febem, instituição para menores infratores conhecida no Brasil inteiro como "fábrica de criminosos". Ali passou o aniversário de 15 anos de castigo na solitária.
Mas foi ali também que os livros entraram em sua vida. Descobriu que gostava de ler ao receber um livro de uma assistente social. Não parou mais. Cometia pequenas infrações de propósito para ser levado à solitária. Assim ficava longe da violência dos colegas e dos guardas. E podia ler em paz.
Com os livros Vilmar aprendeu a ler, a escrever, a sonhar e a ser livre. Aprendeu a ser quem ele é hoje.
Quer saber mais da história de vida do Vilmar? Vai lá em http://escritorvilmarberna.blogspot.com/
Que história comovente! Acho fantástico quando leio histórias sobre pessoas salvas pelos livros. Às vezes acho que os livros foram minha perdição. Quem sabe se eu gostasse de ler menos teria seguido uma profissão mais lucrativa? São pensamentos tortos em dias de conta vermelha.
ResponderExcluirPor outro lado, fico triste porque minha filha mais velha não gosta de ler, embora tenha sido sempre incentivada a ler. O que será que faz as pessoas gostarem de ler? Não é o exemplo, tenho certeza. Prova disso é a história do Vilmar.
Olá Terezinha, é muito emocionante a história do Vilmar, provando que a educação é algo realmente transformador. Sua história serve de inspiração pra mim. Mas seu trabalho é magnífico também, muito legal. Não sei se te interessa, mas tenho aqui em casa uma série de histórias em quadrinhos infanto-juvenis que gostaria de doar, mas não são livros... Interessa a você? Se interessar, como posso fazer a doação? Parabéns pelo artigo, pelo blog e pelo seu trabalho! Aproveito para divulgar meu blog também sobre consumo consciente. Seu link é http://www.seuconsumoseufuturo.blogspot.com/
ResponderExcluirObrigada!
Grande abraço, Jaqueline Macedo
Oi Jacqueline,
ResponderExcluirbem-vinda à nossa Roça de Livros!
Sua doação também será muito bem recebida. Pode enviar para Terezinha Costa - Caixa Postal 98703 - Santa Maria Madalena/RJ - CEP 28.770-000.
Avise nos correios que é material impresso para ter uma tarifa mais barata.
Receba um grande abraço da garotada do Dezessete/Santa Maria Madalena.
Já coloquei o link da Roça de Livros no blog Seu consumo, seu futuro! Bjs!
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